A flor do medo

Não sei onde estou. Não sei para onde ir... Nem minha mente parece ser um lugar onde eu deva estar. Quero poder fugir do que me atormenta, quero poder fazer com que isso não tenha acontecido. Mas isso é completamente impossível. Eu não posso fugir de mim mesmo, eu não tenho como desfazer-me da minha mente.
Meus pensamentos me levam para onde eu não quero ir e eu não sei como sair dali. Estou preso naquilo. Naquilo que dói por dentro e essa dor me traz a raiva. Tudo conseqüência de mentiras, mentiras que pelas costas me atacaram, que por dentro me feriram. Atos, palavras, promessas... tudo feito a toa, jogado no lixo. Eu só não posso deixar isso me levar, não posso deixar isso me afundar na tristeza. Não depois de conseguir um motivo que me faz feliz. que me faça sorri. Não depois de ter, de novo, aquilo que me faz acelerar as batidas do meu coração e deixar minha respiração irregular. Ter em quem pensar antes de dormir e sonhar em poder sentir seu cheiro, de poder estar em seus braços.
Mas ainda assim, lá longe, profunda demais, a semente do medo está, esperando ser novamente revestida pelas mentiras, falsas promessas e amores errados, para poder nascer novamente a amarela e espinhosa flor do medo, na qual seus espinhos são pontudos, e machucam. E para que essa flor murche e morra, somente as pétalas macias e aromadas do verdadeiro amor, porém com espinhos também.
(MAIA, Stéphanie.)

1 diagnósticos:

Anônimo disse...

PERFEITO! *---------*

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